sábado, 23 de março de 2013

Um pouco de filosofia para variar.



Que tal pouco de filosofia em uma madrugada de sábado? (afinal, já que a minha cabeça não tá muito afim de parar de produzir informação, talvez compartilhar um pouco não seja tão ruim)


E o tema da coisa é: A relação entre evolucionismo, religião (e o ateísmo), "ser" humano e a influência das diferentes culturas e uma leve introdução as suas possíveis origens:



Estava eu aqui pensando... Um ateu que tenta provar as mentiras da igreja ou o faz para estabelecer sua crença e inflar sua confiança nela (provar sua existência superior, por ser capaz de tomar decisões mais inteligentes de acordo com o que ele vê), ou para tentar salvar as outras pessoas. Ironicamente os religiosos tentam a mesma coisa pelos exatos mesmos motivos, é um jogo bem estupido por ser totalmente redundante se você pensar por esse lado.

A humanidade está fadada a se dividir enquanto os humanos forem... Humanos, nós por natureza precisamos provar nossa própria superioridade, nosso valor de estarmos vivos. Difícil dizer se é instintivo, ou se é algo adquirido na convivência em um mundo tão competitivo como é o mundo capitalista.
http://youarenotsosmart.com/2011/12/14/the-overjustification-effect/#more-1728
(um artigo bem interessante sobre o que eu me refiro a ser "humano")

Talvez as próprias religiões e crenças se alimentem desta mesma necessidademm... A morte é tão poderosa que orienta cada passo de nossas vidas, um tanto irônico. 

No entanto é possível ir ainda mais longe nessa cadeia de causas e efeitos, como na transição da poligamia para a monogamia*. O amor é provavelmente seja fruto dessa necessidade de justificar sua existência, juntamente com a necessidade/instinto que te faz querer sobreviver, que é um processo feito coletivamente (socialmente), por isso inclusive você não verá gestos amorosos do tipo que nós latino-americanos conhecemos em sociedades mais que habitam regiões mais inóspitas no planeta, como as sociedades muçulmanas oriundas do oriente médio por exemplo; onde poligamia é muito comum, talvez em consequência de uma maior necessidade de procriar (devido as condições inóspitas da região).
Ou seja:
O amor como nós conhecemos é fruto de duas necessidades inerentes ao que eu caracterizo como "ser humano", sobreviver em um mundo social  e quando falamos do amor ao sexo oposto, também é necessário incluir a auto-perpetuação. Assim sendo, não seria tanta ousadia assim dizer que amar é um dos propósitos mais básicos do ser humano, um dos meios de justificar sua existência.

Talvez perceber isso me torne capaz de fugir desse jogo que nunca acabará, aceitar o errado e ignorá-lo... Seria este o objetivo daqueles que idealizam (e idealizaram) a sociedade da forma que ela é hoje, fazer com que aqueles que enxergassem como o sistema (religioso/político/social) funciona fossem engolidos por ele? Teriam eles sido tão visionários ao ponto de terem enxergado as fatais fraquezas do ser humano, ou todo este mundo tolo e caótico é consequência de um acidente onde a "brincadeira" se tornou muito mais poderosa do que o previsto?

Seria eu capaz de abandonar todo meu senso de justiça e solidariedade e apenas ignorar tudo isso e viver como se tudo estivesse perfeitamente bem? 
E você, seria?



*A história da humanidade por si só já seria poderosa o suficiente para dar suporte a teoria do evolucionismo, o criacionismo é uma teoria bem fajuta mas de fácil compreensão. O simples fato de a maioria das pessoas não ser capaz de concluir isso deixa bem claro que o ser humano comum está longe da capacidade necessária para entender o mundo ao seu redor, não importa quanta informação ele tenha a seu dispor... Saber disso no entanto não torna a vida mais fácil, nem um pouco hahaha.


E um brinde a nossa animalidade, que é o que nos torna tão humanos, nada se encaixa melhor como trilha sonora para o assunto do que o bom e velho Pink Floyd

Um comentário:

  1. http://www.pragmatismopolitico.com.br/2013/03/mulher-condenada-morte-topless-em-protesto.html

    ResponderExcluir